Ortopedista pediátrica explica a importância do cuidado com o excesso de peso nas mochilas

02 de março de 2022

Especialista pontua quanto a importância no cuidado com o formato, peso e possíveis consequências

        O início do ano letivo é sempre um desafio para os pais, no momento de escolher a mochila ideal para os filhos.

Algumas crianças e adolescentes, já entendem qual melhor opção, e de prontidão escolhem suas próprias mochilas, que nem sempre é a escolha ideal. Mas você já parou para pensar, que existe um tipo de mochila ideal para cada pessoa?
Sim, por isso, o Saúde São José foi conversar com a médica ortopedista pediátrica de Criciúma,  Dra Nadiane Maciel Becker (CRM-19612/RQE-16351) para trazer estes esclarecimentos, e ajudar neste momento que pode até parecer simples, mas pode acarretar problemas ortopédicos futuros. 
Segundo a especialista, o tamanho e modelo ideal das mochilas, devem ser sim a opção de rodinhas ou de duas alças. Mochilas transversais e de uma única alça, devem ser evitadas. Nadiane pontua ainda, que as alças devem ter aproximadamente 4 a 5 cm de largura, e devem ser acolchoadas para evitar a pressão nos ombros. 
      Um outro fato que precisa também ser observado, é quanto ao tamanho das mochilas, pois muitas vezes, vemos ser maior do que o tamanho proporcional das crianças. “Outro ponto essencial a se observar, é que a mochila deve ser de um tamanho que permita ficar toda apoiada nas costas da criança, acima da linha da cintura, de preferência 4 a 5 cm acima. Caso a mochila fique muito comprida, ela pode ficar longe do tronco, batendo na criança na hora de caminhar e pendendo para trás, fazendo com que a criança precise jogar o tronco para frente para conseguir carregá-la. Este fator deve ser observado com atenção também”, explica a médica.
     Quanto ao peso, principal preocupação dos pais, a ortopedista pediátrica explica, que há sim uma quantidade máxima para carregar peso nas mochilas. “Existe um peso limite, tanto para a mochila de costas tradicional quanto para a de rodinhas. A tradicional, deve respeitar 10% do peso da criança e já a de rodinhas 15 a 20% do peso da criança. A quantidade de material deve respeitar o limite de peso aceitável, caso ultrapasse, é necessário selecionar os materiais essenciais para o dia, e caso mesmo assim este volume exceda o ideal, o interessante é levar um pouco do material nas mãos”, explica.

 

Quanto aos problemas ortopédicos


     O uso incorreto da mochila pode levar a uma sobrecarga na região da coluna, o que pode causa dor e até mesmo alteração postural. 
“O excesso de peso nas mochilas, pode causar inclusive quedas, e gerar até fraturas. Com a mochila pesada, a criança precisa alterar a postura para conseguir carregar, o que pode gerar um desequilíbrio e quedas”, pontua a especialista.
Uma recomendação da médica, é que, caso a criança precise levar muito peso ou seja muito novinha, a melhor escolha seria da mochila de rodinhas, desde que esteja no limite de peso adequado. Com a mochila de rodinhas, é importante também ver um tamanho adequado à altura da da criança e observar o caminho a ser percorrido, se não é muito irregular e que não precise subir muitos lances de escadas com a mochila, estes fatores também devem ser levados em consideração no momento da escolha”, esclarece a médica.

Claro que o ano letivo já começou e por isso fica a dica de analisar nas próximas compras todos estes fatores apontados.

(Foto  Shutterstock).